terça-feira, 16 de julho de 2013

"MUNDO" - Putin diz ver sinais de que Snowden vai parar atividades contra os EUA

Edward Snowden se tornou fugitivo por vazar informações da agência de espionagem norte-americana


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira (15) ver sinais de que Edward Snowden, o ex-prestador de serviços da agência de espionagem dos Estados Unidos que se tornou fugitivo por vazar informações, estava mudando de posição no sentido de parar a "atividade política" direcionada contra os EUA.
Putin, que anteriormente havia se recusado a entregar Snowden às autoridades norte-americanas, também disse que a situação do ex-prestador de serviços continua sem solução.
O presidente também acusou os Estados Unidos de manterem Edward Snowden bloqueado em território russo.
— Eles mesmos assustaram o restante dos países. Ninguém quer acolhê-lo. Assim, no final das contas, eles mesmos o bloquearam [Snowden] em nosso território.
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O mandatário russo acrescentou: "Eles nos deram esse presente, de Natal". Snowden "chegou a nosso território sem convite. Não veio conosco. Voava para outro país. Mas tão logo souberam que estava no ar, nossos parceiros americanos bloquearam suas futuras escalas", disse.
Durante um encontro com estudantes na região de Leningrado, o chefe do Kremlin reconheceu que o caso "por enquanto está no limite".
— Mas assim que surgir a possibilidade de ir a algum lugar, ele, subentende-se, o fará. Afinal de contas, ele quer ir para um lugar de residência permanente. Quer residir em outro país.
O líder russo lembrou a condição que ele mesmo impôs ao fugitivo americano desde sua chegada ao aeroporto moscovita de Sheremetyevo: suspender as atividades contra os interesses de Washington. "Ele conhece bem a condição para a concessão de asilo político.
A julgar por suas últimas declarações, parece que mudou de postura. A situação ainda não se esclareceu totalmente", analisou. Putin se referia a um primeiro momento em que Snowden renunciou a solicitar asilo na Rússia devido à condição imposta pelo chefe do Kremlin, mas na sexta-feira o jovem voltou a manifestar sua intenção de solicitar refúgio no país.
— Temos uma relação com os Estados Unidos. Não queremos que o senhor com seu trabalho prejudique nossas relações com os EUA. Ele disse que não. 'Atreva-se, estou falando sério.
Putin acrescentou: "Ele disse: quero continuar meu trabalho, quero lutar pelos direitos humanos. Considero que os EUA violam leis concretas, internacionais, interfere na vida privada e meu objetivo hoje é lutar contra isso".

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