Edward Snowden se tornou fugitivo por vazar informações da agência de espionagem norte-americana
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira (15)
ver sinais de que Edward Snowden, o ex-prestador de serviços da agência
de espionagem dos Estados Unidos que se tornou fugitivo por vazar
informações, estava mudando de posição no sentido de parar a "atividade
política" direcionada contra os EUA.
Putin, que anteriormente havia se recusado a entregar Snowden às
autoridades norte-americanas, também disse que a situação do
ex-prestador de serviços continua sem solução.
O presidente também acusou os Estados Unidos de manterem Edward Snowden bloqueado em território russo.
— Eles mesmos assustaram o restante dos países. Ninguém quer acolhê-lo.
Assim, no final das contas, eles mesmos o bloquearam [Snowden] em nosso
território.
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O mandatário russo acrescentou: "Eles nos deram esse presente, de
Natal". Snowden "chegou a nosso território sem convite. Não veio
conosco. Voava para outro país. Mas tão logo souberam que estava no ar,
nossos parceiros americanos bloquearam suas futuras escalas", disse.
Durante um encontro com estudantes na região de Leningrado, o chefe do
Kremlin reconheceu que o caso "por enquanto está no limite".
— Mas assim que surgir a possibilidade de ir a algum lugar, ele,
subentende-se, o fará. Afinal de contas, ele quer ir para um lugar de
residência permanente. Quer residir em outro país.
O líder russo lembrou a condição que ele mesmo impôs ao fugitivo
americano desde sua chegada ao aeroporto moscovita de Sheremetyevo:
suspender as atividades contra os interesses de Washington. "Ele conhece
bem a condição para a concessão de asilo político.
A julgar por suas últimas declarações, parece que mudou de postura. A
situação ainda não se esclareceu totalmente", analisou. Putin se referia
a um primeiro momento em que Snowden renunciou a solicitar asilo na
Rússia devido à condição imposta pelo chefe do Kremlin, mas na
sexta-feira o jovem voltou a manifestar sua intenção de solicitar
refúgio no país.
— Temos uma relação com os Estados Unidos. Não queremos que o senhor
com seu trabalho prejudique nossas relações com os EUA. Ele disse que
não. 'Atreva-se, estou falando sério.
Putin acrescentou: "Ele disse: quero continuar meu trabalho, quero
lutar pelos direitos humanos. Considero que os EUA violam leis
concretas, internacionais, interfere na vida privada e meu objetivo hoje
é lutar contra isso".
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